Explicação de João 9:1-12
Explicação de João 9:1-12
9.1-3 Nas culturas antigas, as pessoas cegas não tinham escolha senão serem mendigas. Este homem provavelmente era muito pobre e estava mendigando ao longo da estrada, de forma que Jesus o viu quando passava. Os discípulos criam, baseados pelo menos em textos do Antigo Testamento como Êxodo 34.7, que uma deficiência física como a cegueira era um castigo pelo pecado. Muitas pessoas em todo o mundo acreditam que o sofrimento resulta do pecado. As pessoas tendem a crer que desagradar a Deus leva ao castigo; portanto, supõem que toda vez que uma pessoa pareça estar sofrendo um castigo, há motivo para se suspeitar de atos errados. Esta suposição, por exemplo, levou os amigos de Jó a tratá-lo com um juízo cruel. Mas se o sofrimento sempre indica pecado, o que dizemos sobre bebês nascidos com deformidades ou deficiências físicas? Este homem nasceu cego, então eles perguntaram: “Quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” Os discípulos estavam pensando sobre a causa da cegueira. Jesus mudou a atenção deles da causa para o propósito. Jesus demonstrou o poder de Deus curando o homem. Em vez de nos preocuparmos com a causa dos nossos problemas, devemos descobrir como Deus poderia usar o nosso problema para demonstrar o seu poder. Jesus explicou que a cegueira do homem não tinha nada a ver com seu pecado ou com o pecado de seus pais. Deus permitiu que a natureza fluísse em seu curso, para que a pessoa no final trouxesse glória a Deus através do recebimento tanto da visão física como da espiritual (veja 9.30-38).
9.1-3 Nas culturas antigas, as pessoas cegas não tinham escolha senão serem mendigas. Este homem provavelmente era muito pobre e estava mendigando ao longo da estrada, de forma que Jesus o viu quando passava. Os discípulos criam, baseados pelo menos em textos do Antigo Testamento como Êxodo 34.7, que uma deficiência física como a cegueira era um castigo pelo pecado. Muitas pessoas em todo o mundo acreditam que o sofrimento resulta do pecado. As pessoas tendem a crer que desagradar a Deus leva ao castigo; portanto, supõem que toda vez que uma pessoa pareça estar sofrendo um castigo, há motivo para se suspeitar de atos errados. Esta suposição, por exemplo, levou os amigos de Jó a tratá-lo com um juízo cruel. Mas se o sofrimento sempre indica pecado, o que dizemos sobre bebês nascidos com deformidades ou deficiências físicas? Este homem nasceu cego, então eles perguntaram: “Quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” Os discípulos estavam pensando sobre a causa da cegueira. Jesus mudou a atenção deles da causa para o propósito. Jesus demonstrou o poder de Deus curando o homem. Em vez de nos preocuparmos com a causa dos nossos problemas, devemos descobrir como Deus poderia usar o nosso problema para demonstrar o seu poder. Jesus explicou que a cegueira do homem não tinha nada a ver com seu pecado ou com o pecado de seus pais. Deus permitiu que a natureza fluísse em seu curso, para que a pessoa no final trouxesse glória a Deus através do recebimento tanto da visão física como da espiritual (veja 9.30-38).
9.4,5 Jesus estava falando de si mesmo e de seus discípulos como companheiros. Ele queria que eles aprendessem dele, porque iriam dar continuidade à sua obra como seus mensageiros (veja 20.21). Jesus incluiu os seus discípulos nesta obra (embora eles na verdade não tenham feito nada por este homem cego) porque estariam fazendo a obra de Deus na terra depois de sua ressurreição e ascensão. Que privilégio é sermos chamados de cooperadores de Cristo (veja 1 Coríntios 3.9; 2 Coríntios 5.21; 6.1).
Enquanto Cristo estivesse no mundo, a luz estaria no mundo. No entanto, pouco tempo restava antes que a noite caísse e toda a obra chegasse ao fim. A noite viria, isto é, Jesus logo morreria, e não estaria mais no mundo na forma física. A vinda da noite fala da brevidade do tempo que restava a Jesus para cumprir o seu propósito na terra. Mas enquanto Ele ainda estivesse no mundo, Jesus seria a luz do mundo. A cura do homem cego afirmava a identidade de Jesus como o Messias, porque o Antigo Testamento predisse que o Messias viria curar o cego (Isaías 29.18; 35.5; 42.7).
9.6,7 Isto não é típico da maneira como Jesus operava milagres, de acordo com João. Mas Marcos registra dois incidentes de cura miraculosa em que Jesus usou saliva - para curar um homem surdo e mudo e para curar um homem cego (Marcos 7.33; 8.23). O relato de João, porém, fornece o único registro de Jesus cuspindo na terra e formando lodo.
Desde a antiguidade, pensava-se que o cuspe ou saliva possuía algum poder medicinal. Mas os judeus desconfiavam de qualquer pessoa que usasse saliva para curar, porque tal atitude estava associada com artes mágicas. Vale a pena notar, porém, que o papel da saliva de Jesus na cura era principalmente o de fazer lodo. Como já foi salientado anteriormente (veja a seção sobre 2.6-8), Jesus não usava objetos aleatórios sem um propósito específico.
Primeiro, Jesus usou o lodo para ajudar a desenvolver a fé do homem (ele tinha que fazer o que Jesus lhe disse: ir e se lavar em um certo tanque). Segundo, Jesus amassou o lodo com suas mãos a fim de colocá-lo sobre os olhos do homem. Isto constituía “trabalho” em um dia de sábado e iria perturbar os fariseus. Jesus tinha muito que lhes ensinar sobre Deus e o seu sábado.
Siloé é uma tradução grega do nome hebraico, Shiloah, que significa “O Enviado”. O tanque de Siloé tinha sido construído pelo rei Ezequias. Seus trabalhadores tinham construído um túnel subterrâneo da Fonte de Giom no Vale de Cedrom, fora de Jerusalém. Este túnel canalizava a água para o tanque de Siloé dentro dos muros da cidade. Localizado na extremidade sudeste da cidade, o túnel e o tanque foram originalmente construídos para ajudar os habitantes de Jerusalém a sobreviverem em tempos de cerco. O homem foi, e lavou-se, e voltou vendo! Ele fez como foi instruído. E a sua fé o curou.
9.8-12 Estes versículos registram as várias reações dos vizinhos do homem cego à sua cura. Alguns pensavam que ele se parecia com aquele que costumava se sentar e mendigar. Outros positivamente o identificaram como o mesmo homem. Havia ainda outros que se opunham, dizendo que este apenas se parecia com aquele homem cego. Em resposta, o homem curado insistia, “Sou eu”. Finalmente percebendo que o homem que uma vez era cego havia recebido a sua visão, eles perguntaram: “Como se te abriram os olhos?” O homem anteriormente cego testificava do poder de cura de Jesus contando muitas vezes a história de como ele havia sido curado.