Explicação de João 8:48-59
Explicação de João 8:48-59
8.48-50 Esta é a única ocasião nos Evangelhos onde Jesus é acusado de ser um samaritano. Estas expressões estavam repletas de grande ira. Os samaritanos eram considerados inferiores aos judeus por causa de seu casamento misto com gentios e por sua impureza religiosa. Os judeus lançaram esta acusação a Jesus porque Ele, um judeu, os tinha acusado de não serem verdadeiros descendentes de Abraão (veja 8.37-44). Em outra passagem em João, Jesus foi acusado de estar possuído por um demônio (veja 7.20; 8.52; 10.20). Jesus não respondeu à acusação de ser “um diabo samaritano”; Ele refutou a acusação de estar possuído pelo demônio. Jesus disse aos líderes que eles o estavam desonrando através de tal acusação, porque Ele sempre procurou honrar e glorificar a seu Pai. Jesus não estava buscando a glória para si mesmo. O Pai buscaria a glória para o seu Filho, e julgaria aqueles que o desonrassem.
8.48-50 Esta é a única ocasião nos Evangelhos onde Jesus é acusado de ser um samaritano. Estas expressões estavam repletas de grande ira. Os samaritanos eram considerados inferiores aos judeus por causa de seu casamento misto com gentios e por sua impureza religiosa. Os judeus lançaram esta acusação a Jesus porque Ele, um judeu, os tinha acusado de não serem verdadeiros descendentes de Abraão (veja 8.37-44). Em outra passagem em João, Jesus foi acusado de estar possuído por um demônio (veja 7.20; 8.52; 10.20). Jesus não respondeu à acusação de ser “um diabo samaritano”; Ele refutou a acusação de estar possuído pelo demônio. Jesus disse aos líderes que eles o estavam desonrando através de tal acusação, porque Ele sempre procurou honrar e glorificar a seu Pai. Jesus não estava buscando a glória para si mesmo. O Pai buscaria a glória para o seu Filho, e julgaria aqueles que o desonrassem.
8.51 Obedecer à palavra de Jesus inclui confiar no caráter, habilidade, força e verdade daquilo que Ele prometeu. Quando Jesus disse que aqueles que o obedecessem nunca morreriam, Ele estava falando sobre a morte espiritual, não a morte física. Mesmo a morte física, no entanto, será no final derrotada. Aqueles que seguem a Cristo serão ressuscitados para viverem eternamente com Ele.
8.52,53 Ao afirmar que podia evitar a morte, Jesus estava assumindo uma posição superior à dos profetas - na verdade, Ele estava afirmando ser divino. Estes judeus estavam convencidos de que somente um louco (ou alguém possuído por um demônio) faria tal reivindicação.
8.54,55 Outra vez, Jesus submeteu a questão de sua identidade divina ao relacionamento que Ele tinha com o seu Pai. Ele jamais poderia fazer os tipos de reivindicações que fez fora de sua união com o Pai. Se Ele tivesse vindo por sua própria conta, a sua glória não teria valor. Mas o Pai o havia enviado, e o Pai iria glorificá-lo — mesmo que os judeus não o fizessem. O centro da questão era que os judeus não conheciam o Pai de quem Jesus veio, embora afirmassem conhecê-lo. Aquele que realmente conhecesse o Pai e guardasse a sua palavra saberia que estes judeus estavam mentindo.
8.56 Jesus se referiu a Abraão como o pai deles, mas Ele estava se referindo apenas ao aspecto físico. Abraão, por alguma revelação não diretamente registrada em Gênesis, aguardava ansiosamente pela vinda do Messias (Hebreus 11.8-13). Várias possibilidades têm sido propostas: (1) De acordo com a tradição rabínica, Abraão recebeu uma visão sobre o futuro de seus descendentes. Jesus, conhecendo
esta provável tradição, destacou o evento que teria feito Abraão se regozijar - o dia em que o Messias, seu descendente, viria para libertar o mundo; (2) Gênesis 17.7 menciona o estabelecimento, por Deus, de uma aliança perpétua com a descendência de Abraão, a qual alguns tomam como uma promessa messiânica; (3) Gênesis 22.8 registra as palavras proféticas de Abraão de que “Deus proverá um cordeiro”, e o cumprimento completo desta palavra ocorreu na vida do Senhor Jesus. Das três interpretações, a primeira é a que faz mais sentido porque o texto fala de “minha vinda” - isto é, o tempo da presença de Cristo na terra.
8.57 Jesus não tinha afirmado ser um contemporâneo de Abraão, ou que tivesse visto a Abraão; em vez disso, o Senhor disse que Abraão tinha previsto a sua vinda. O comentário sobre Jesus ainda não ter cinqüenta anos é um modo indireto de dizer que Ele ainda não era um homem idoso.
8.58,59 Jesus os surpreendeu com sua resposta: “Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou!” Abraão, como todos os seres humanos, passou a existir em um ponto no tempo. Mas Jesus nunca teve um início - Ele sempre foi eterno, e, portanto, sempre foi Deus. Ele estava inegavelmente proclamando a sua divindade. Nenhuma outra figura religiosa em toda a história fez tais reivindicações. Ou Jesus era Deus, ou era louco. A sua reivindicação de divindade exige uma resposta. Ela não pode ser ignorada. Isto era demais para os judeus; estas palavras os inflamaram tanto que eles pegaram em pedras para matá-lo por blasfêmia de acordo com a lei (Levítico 24.16). Os líderes entenderam bem o que Jesus estava afirmando; e por não crerem nele, eles o acusaram de blasfêmia. Na verdade, eles eram realmente os blasfemadores, amaldiçoando e atacando o Deus a quem afirmavam servir! Mas Jesus ocultou-se ou “foi ocultado” (talvez significando que Ele tenha sido guardado por Deus). João não diz, mas agora sabemos - Jesus escapou da tentativa deles de apedrejamento porque a sua “hora ainda não havia chegado”.