Explicação de João 20:1-18
Explicação de João 20:1-18
20.1, 2 Maria Madalena foi uma das à cruz, assistiram a sua crucificação (19.25) diversas mulheres que tinham seguido Jesus e permaneceram para ver onde Ele seria sepultado (Mt 27.61). Juntamente com outras mulheres, ela era uma antiga seguidora de Jesus, que viajava com Ele e ajudava a atender as necessidades financeiras do grupo (Lc 8.1-3). Maria obviamente era grata a Jesus por tê-la libertado do tormento da possessão demoníaca. Ela era de Magdala, uma cidade próxima a Cafarnaum, na Galileia. Devido ao pequeno intervalo entre a morte de Jesus e o início do sábado judeu, no final da tarde da sexta-feira, as mulheres que tinham estado ao lado da cruz não tinham tido tempo de ungir Jesus. Quando o sábado judeu se iniciou no pôr-do-sol da sexta-feira, elas tiveram que ir para suas casas e descansar. Mas depois do pôr-do-sol do sábado, provavelmente elas compraram e/ou prepararam suas especiarias, então no primeiro dia da semana, de madrugada, sendo ainda escuro, Maria Madalena foi ao sepulcro para ungir o corpo de Jesus com certas especiarias. De acordo com os relatos dos outros Evangelhos, ela estava acompanhada por Maria, a mãe de Tiago, Salomé (Mt 28.1; Mc 16.1) e talvez outras mulheres.
20.1, 2 Maria Madalena foi uma das à cruz, assistiram a sua crucificação (19.25) diversas mulheres que tinham seguido Jesus e permaneceram para ver onde Ele seria sepultado (Mt 27.61). Juntamente com outras mulheres, ela era uma antiga seguidora de Jesus, que viajava com Ele e ajudava a atender as necessidades financeiras do grupo (Lc 8.1-3). Maria obviamente era grata a Jesus por tê-la libertado do tormento da possessão demoníaca. Ela era de Magdala, uma cidade próxima a Cafarnaum, na Galileia. Devido ao pequeno intervalo entre a morte de Jesus e o início do sábado judeu, no final da tarde da sexta-feira, as mulheres que tinham estado ao lado da cruz não tinham tido tempo de ungir Jesus. Quando o sábado judeu se iniciou no pôr-do-sol da sexta-feira, elas tiveram que ir para suas casas e descansar. Mas depois do pôr-do-sol do sábado, provavelmente elas compraram e/ou prepararam suas especiarias, então no primeiro dia da semana, de madrugada, sendo ainda escuro, Maria Madalena foi ao sepulcro para ungir o corpo de Jesus com certas especiarias. De acordo com os relatos dos outros Evangelhos, ela estava acompanhada por Maria, a mãe de Tiago, Salomé (Mt 28.1; Mc 16.1) e talvez outras mulheres.
Marcos registra que enquanto estavam se dirigindo ao sepulcro, as mulheres discutiam como fariam para remover a pedra que tinha sido colocada na entrada (Mc 16.3). Mas isto não seria um problema, pois quando chegaram, viram a pedra tirada do sepulcro. Os outros relatos do Evangelho registram que anjos falaram às mulheres.
Maria Madalena e as outras mulheres correram a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava (provavelmente João). Elas tinham estado no sepulcro, o corpo não estava lá, e elas supunham que alguém tinha levado o corpo do Senhor.
20.3-5 Embora as pernas jovens de João o levassem mais rapidamente ao sepulcro, quando chegou ali ele abaixou-se e olhou, mas esperou a chegada de Pedro antes de entrar no sepulcro. A ressurreição não teria sido o primeiro pensamento deles. Nenhuma das possíveis explicações naturais para o desaparecimento do corpo era confortadora. Se o corpo de Jesus tinha sido roubado ou removido pelos líderes religiosos, os discípulos teriam razão para se preocupar com o seu próprio destino.
20.6, 7 Um exame mais detalhado revelou que os lençóis tinham sido deixados - talvez como se Jesus tivesse passado por eles. O lenço que tinha estado sobre a sua cabeça estava enrolado à parte dos lençóis que tinham envolvido o corpo de Jesus. Um ladrão de túmulos não teria levado o corpo de Jesus e deixado os lençóis como se eles ainda estivessem envolvendo o corpo. A limpeza e a ordem indicavam que não tinha havido uma remoção apressada do corpo de Jesus; na verdade, Jesus se levantou e deixou os lençóis ali, vazios.
20.8,9 Quando João viu o sepulcro vazio e os lençóis vazios, no mesmo instante creu que Jesus deveria ter ressuscitado dos mortos. O texto ressalta a importância de João “ver e crer” para confirmar o relato de um apóstolo como testemunha ocular. A maioria dos crentes não teria esta oportunidade; eles teriam que basear a sua fé no que estas testemunhas relatassem. João explica que ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos. Embora Jesus tivesse lhes dito, era necessária a experiência para que eles entendessem. Entre as Escrituras que tinham predito isto se incluíam Salmos 16.10 e Isaías 53.11. O relato de João também demonstra que os discípulos não poderiam ter “inventado” a ressurreição para cumprir as profecias do Antigo Testamento porque eles não viram imediatamente nenhuma conexão com o Antigo Testamento. A ressurreição abriu as mentes dos discípulos para ver que Deus tinha predito o seu plano por meio dos profetas.
20.10 Perplexos, João e Pedro saíram e foram para casa. Eles “acreditaram” em alguma coisa milagrosa, isto é, eles não tiveram medo de que o corpo de Jesus tivesse sido roubado, como Maria, mas não sabiam exatamente em que acreditar ou o que fazer a seguir. Então, eles simplesmente foram para casa. Mais tarde, eles se reuniram com os demais discípulos a portas fechadas (veja 20.19).
20.11,12 Aparentemente, Maria seguiu Pedro e João de volta ao sepulcro. Quando os dois discípulos partiram, ela ficou ali sozinha, ainda chorando, ainda esperando descobrir de alguma maneira para onde tinha sido levado o corpo de Jesus. Então viu dois anjos vestidos de branco. Os anjos, na verdade, pareciam humanos - e não seres com auréolas e asas. Os anjos tinham aparecido às mulheres e depois as tinham enviado para transmitir as boas novas de que Jesus estava vivo (Mt 28.1-7; Mc 16.1-7; Lc 24.1-12), mas aparentemente eles não estavam no sepulcro quando Pedro e João chegaram. Mas estão aqui novamente para falar com Maria.
20.13 Os anjos perguntaram a Maria: “por que choras?” Sob circunstâncias normais esta poderia parecer uma pergunta estranha. É de se esperar que as pessoas chorem ao lado do sepulcro de alguém amado. No entanto, os anjos sabiam por que o sepulcro estava vazio. Eles também sabiam que se estas pessoas tivessem ouvido as palavras de Jesus sobre a sua ressurreição enquanto Ele estava vivo, agora não estariam tristes e confusas; ao contrário, estariam saltando de alegria. Assim, a pergunta dos anjos não era estranha, mas óbvia. Ela não era uma repreensão, mas um lembrete da perspectiva do céu. Maria simplesmente respondeu a pergunta dos anjos com seus temores: “Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram”.
20.14,15 Alguma coisa fez Maria olhar sobre seu ombro, para trás, provavelmente com a impressão de que uma pessoa estava atrás dela. E, realmente, ao lado do sepulcro estava Jesus, mas Maria náo sabia que era Ele. Talvez este fosse o mesmo tipo de cegueira que ocorreu aos dois que caminharam com o Jesus ressuscitado a caminho de Emaús (veja Lucas 24.15,16). Ou talvez os olhos e Maria estivessem tão cheios de lágrimas e a sua dor fosse tão intensa que ela literalmente não conseguia ver quem estava ali. Jesus repetiu a pergunta dos anjos e acrescentou uma pergunta adicional, pedindo a Maria que especificasse o seu pedido: “Quem buscas?” Maria estava tentando entender o que poderia ter acontecido com o corpo de Jesus, assim, pensando que Jesus era o hortelão, ela perguntou se Ele sabia de alguma coisa. Se pelo menos pudesse encontrá-lo, ela mesma iria buscá-lo.
20.16,17 Maria tinha estado procurando pelo corpo do seu querido Senhor; de repente, para sua surpresa, ela ficou frente a frente com o seu Senhor vivo. Jesus disse o seu nome, e imediatamente ela o reconheceu. Imagine o amor que inundou o coração de Maria quando ela ouviu o seu Salvador dizendo o seu nome!
A resposta imediata de Maria foi tocar Jesus e agarrar-se a Ele. Mas Jesus a impediu. Talvez Maria quisesse agarrar Jesus e não soltá-lo mais. Ela ainda não tinha compreendido a ressurreição. Talvez pensasse que esta era a sua segunda vinda prometida (14.3). Mas Jesus não permaneceria nesta terra na sua forma física. Se Ele não subisse ao céu, o Espírito Santo não poderia vir. Tanto Ele quanto Maria tinham coisas importantes para fazer. Antes da sua morte, Jesus tinha chamado seus discípulos de seus “amigos” (15.15). Mas aqui, devido à ressurreição, os discípulos de Jesus tinham se tornado seus irmãos. A ressurreição de Cristo cria este novo nível de relacionamento, porque possibilita a regeneração de cada crente (veja 1 Pedro 1.3). Depois que Jesus subisse para o seu Pai, Ele viria aos seus discípulos e lhes daria esta nova vida e este novo relacionamento, soprando neles o Espírito Santo. Assim, pela primeira vez no Evangelho, fica claro que o Pai de Jesus é o nosso Pai, que o Deus de Jesus é o nosso Deus. A morte e a ressurreição de Jesus inauguraram um novo relacionamento entre os crentes e Deus.
20.18 Maria foi a primeira pessoa a ver o Cristo ressuscitado. Ela obedeceu a Jesus e anunciou aos discípulos que vira o Senhor. Depois, ela lhes deu a mensagem de Jesus. As palavras de Jesus devem ter sido um grande conforto para os discípulos. Apesar de eles o terem abandonado no jardim, Ele os chamava “irmãos” e explicava que o seu Pai era o deles, que o seu Deus era o deles. Mas os discípulos não acreditaram neste relato mais do que no relato das mulheres sobre as palavras dos anjos (veja Mc 16.10,11; Lc 24.10,11). Os discípulos ainda estavam se escondendo por trás de portas
cerradas, com medo dos judeus.