Explicação de João 12:20-36
Explicação de João 12:20-36
12.20-22 De fato, parecia que “o mundo todo” ia após Ele, como ilustrado por estes gregos que foram para a Páscoa e buscavam um encontro com o Senhor. Estas pessoas eram visitantes da Grécia, ou judeus que falavam grego. Eles podem ter sido prosélitos judeus ou simplesmente gentios tementes a Deus. Estes gregos provavelmente escolheram Filipe como seu emissário a Jesus porque, embora Filipe fosse judeu, tinha um nome grego. E Filipe era de Bersaida, uma cidade na Galiléia perto do território grego no lado oriental do Mar da Galiléia, chamado Decápolis. Mesmo a cidade de Betsaida possuía uma grande populaçáo grega, e pode ser que Filipe soubesse falar grego. Por um momento, Filipe hesitou em se aproximar de Jesus com o pedido dos gregos. Então, primeiro, Filipe foi dizê-lo a André (com quem Filipe é freqüentemente associado - 1.40-44; 6.7,8; Marcos 3.18). Então, eles foram juntos perguntar a Jesus. A própria inclusão dos gregos nos acontecimentos da última semana tem grande significado. João continuou o seu padrão de incluir gentios (o mundo) por todo o caminho (1.12; 3.16). Seus leitores, que podem ter sido gentios lutando com a sua aceitabilidade a Deus, teriam sido encorajados a partir deste episódio e da resposta de Jesus. Nós gentios também devemos ser gratos por Cristo ter nos incluído em sua oferta de salvação.
12.20-22 De fato, parecia que “o mundo todo” ia após Ele, como ilustrado por estes gregos que foram para a Páscoa e buscavam um encontro com o Senhor. Estas pessoas eram visitantes da Grécia, ou judeus que falavam grego. Eles podem ter sido prosélitos judeus ou simplesmente gentios tementes a Deus. Estes gregos provavelmente escolheram Filipe como seu emissário a Jesus porque, embora Filipe fosse judeu, tinha um nome grego. E Filipe era de Bersaida, uma cidade na Galiléia perto do território grego no lado oriental do Mar da Galiléia, chamado Decápolis. Mesmo a cidade de Betsaida possuía uma grande populaçáo grega, e pode ser que Filipe soubesse falar grego. Por um momento, Filipe hesitou em se aproximar de Jesus com o pedido dos gregos. Então, primeiro, Filipe foi dizê-lo a André (com quem Filipe é freqüentemente associado - 1.40-44; 6.7,8; Marcos 3.18). Então, eles foram juntos perguntar a Jesus. A própria inclusão dos gregos nos acontecimentos da última semana tem grande significado. João continuou o seu padrão de incluir gentios (o mundo) por todo o caminho (1.12; 3.16). Seus leitores, que podem ter sido gentios lutando com a sua aceitabilidade a Deus, teriam sido encorajados a partir deste episódio e da resposta de Jesus. Nós gentios também devemos ser gratos por Cristo ter nos incluído em sua oferta de salvação.
12.23,24 As palavras de Jesus a Filipe e André — e talvez também aos outros discípulos - não foram dirigidas à multidão. A multidão (provavelmente incluindo os gregos) não é mencionada outra vez até o versículo 29. Jesus explicou, “E chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado” através da morte e ressurreição. “Todos” tinham ido após Jesus (12.19); até mesmo os gregos queriam vê-lo (12.20ss.). Contudo, é exatamente neste ponto, quando pelos padrões humanos Jesus estava em uma posição perfeita para consolidar as suas forças e esmagar a oposição, que Ele enfrentou o momento que o pressionou e que perturbou o seu coração. Até este momento, a “hora” tinha sido sempre um acontecimento futuro. Mas aqui Jesus declarou que ela tinha chegado.
A figura do grão de trigo revela o sacrifício necessário de Jesus. Quando um grão de trigo é enterrado na terra, ele na verdade morre antes de se tornar uma folha madura produzindo muito fruto. Da mesma maneira, Jesus, por sua morte, produziu mais frutos do que poderiam ser obtidos se Ele tivesse se tornado rei de Israel em um trono terreno. De fato, sendo levantado na cruz, Jesus iria atrair todas as pessoas para si mesmo. Em sua ilustração do gráo que morre, Jesus falou diretamente sobre a sua própria vida. Ele não exige de nós, necessariamente, que abramos mão de nossa vida em uma morte sacrificial como a única maneira de darmos frutos. Deus realmente chama alguns para morrerem por Ele. Mas Ele chama muitos mais para permanecerem vivos, prestando um serviço útil e frutífero (veja Romanos 12.1,2).
12.25-27 Os verdadeiros seguidores de Jesus devem ter as suas prioridades em ordem; se eles escolherem amar suas vidas mais do que a seu Mestre, perderão a própria vida que procuram manter. Os verdadeiros discípulos devem estar dispostos a sofrer e experimentar a rejeição, mesmo na morte se for necessário. Servir e seguir a Jesus significa fazer mudanças radicais de estilo de vida. Seguir a Jesus significa andar pelo caminho que Ele andou - não o caminho de poder e honra terrenos - mas o caminho de humilhação e morte. Todas as coisas feitas por Jesus foram para a glória de Deus. Quando escolhemos segui-lo, devemos viver somente para a glória de Deus. Isto não significa que não nos divertiremos, que não teremos alegria, nem segurança. Antes, isto significa simplesmente que viveremos para honrar a Deus e então o Pai nos honrará. A honra de Deus que Jesus promete pode, de fato, ser em parte experimentada nesta vida, mas nunca inteiramente. E podemos apenas supor o que Deus planejou em termos de honra para muitos crentes. Enquanto isso, podemos obter conforto e segurança reais, sabendo que Deus observa e se lembra de cada ato de serviço que fazemos em seu precioso Nome. Nenhum deles será esquecido. Diferente dos Evangelhos sinóticos, João não registra a agonia de Jesus no Jardim do Getsêmani antes de sua crucificação (Mateus 26.36-46; Marcos 14.32-42; Lucas 22.39- 46). O registro de Jesus estando com a alma perturbada é a única indicação em João de que Jesus estava perturbado por aquela hora que se aproximava. Sua agonia prova a autenticidade de sua humanidade. Jesus se recusou a pedir ao Pai para salvá-lo da cruz (veja Romanos 8.32) porque Ele sabia que tinha sido enviado para o próprio propósito de morrer na cruz. Jesus sabia que a sua crucificação se aproximava; e por ser também humano, Ele a temeu.
12.28-30 Jesus agora volta os seus pensamentos para o Pai e para o propósito pelo qual Ele tinha vindo à terra: .glorificar o seu Nome. Assim, o Pai respondeu em uma voz do céu, “Já o tenho glorificado e outra vez o glorificarei”. Deus iria glorificar o seu Nome através da obediência de seu Filho (13i31,32) e então iria glorificar o seu Nome outra vez quando Ele se reunisse (17.5) com o seu Filho depois da sua ressurreição.
A voz do Pai foi audível, mas não corretamente percebida pela multidão que estava à sua volta. Alguns na multidão disseram que foi um trovão. Outros acharam que foi um anjo. Seja qual for a interpretação deles em relação ao som, não poderia ser negado que o fenômeno foi sobrenatural. Jesus deixou claro que Ele mesmo não precisava da manifestação desta “voz” (pois Ele sabia que o Pai o glorificaria); a voz tinha vindo por amor às pessoas. No entanto, apenas alguns (tais como João que registrou este evento) entenderam o que foi dito e quem o disse. Para outros, foi meramente um barulho de trovão.
12.31-33 Antecipando a sua glorificação através de sua morte e ressurreição, Jesus proclamou; “Agora, é o juízo deste mundo; agora, será expulso o príncipe deste mundo”. A partir da nossa perspectiva, vemos como a morte de Cristo trouxe juízo sobre aqueles que tinham o domínio no sistema do mundo: Judas, Caifás, Pilatos, e os líderes religiosos judeus. Mas o Filho tinha vindo em última análise para destruir as obras de Satanás, que controlava a mente das pessoas, produzindo a incredulidade. Portanto, o mundo seria julgado no sentido de que Satanás, o príncipe do mundo (veja 14.30; 16.11; 2 Coríntios 4.4; Efésios 2.2; 6.12; Apocalipse 12.9), seria expulso - a sua arma final e definitiva, a morte, estava prestes a ser vencida (veja 1 Coríntios 15.26; Hebreus 2.14).
Como fez anteriormente, Jesus falou de sua morte em termos de ser levantado (veja 3.14; 8.28). A explicação de João deixa claro que esta expressão significava como ele havia de morrer - a cruz na qual Jesus seria pregado. Jesus sabia que não iria morrer por apedrejamento, coisa que os judeus já haviam tentado fazer (8.59), mas pela crucificação. Jesus iria atrair todos a si mesmo; isto não significa que todos no final serão salvos. Jesus já deixou claro que alguns não serão salvos (5.28,29). Antes, Jesus estava dizendo que a sua oferta de salvação se estende a todas as pessoas, não só aos judeus. O amor extraordinário de Jesus, expressado em sua morte por todas as pessoas, atrairá e unificará aqueles que crêem, para que o pecado, o mal e a morte (as armas do príncipe deste mundo) fiquem desprovidas de poder.
12.34 As pessoas tinham entendido, a partir das Escrituras que o Messias viveria para sempre (veja Salmo 72.17; Isaías 9.6,7; Ezequiel 37.26- 28). Eles acreditaram que Jesus tinha feito uma reivindicação de ser o Messias, e aqui estavam agitando ramos de palmeiras para um Messias vitorioso, que pensavam que estabeleceria um reino político e terreno que nunca teria fim. Assim, era difícil crerem que Jesus era o Messias quando Ele falava de sua morte iminente - e morte de cruz. Portanto, eles queriam um esclarecimento sobre o que Jesus queria dizer quando usava o termo o Filho do Homem. Era este Filho do Homem alguém diferente do Messias?
12.35,36 Jesus não tentou esclarecer a confusão das pessoas sobre o Messias. Antes, Ele as admoestou a andarem na luz enquanto Ele ainda estava com elas (veja também 1.5-9; 3.18-21; 8.12; 9.4,5). Aqueles que fossem iluminados por Deus reconheceriam o seu Messias. A luz da presença física de Jesus na terra estava prestes a se apagar, e as trevas da influência maligna e do pecado de Satanás iriam alcançar aqueles que se recusassem a aceitar a luz de Jesus. Andar nas trevas de Satanás é tropeçar na vida, é estar sem direção, sem ajuda, sem proteção, sem entendimento, sem propósito ou significado definitivo. Assim, Jesus rogou ao povo que cressem nele, que é a luz, e que se tornassem seus filhos. A oportunidade estava disponível a todos, mas Jesus estava prestes a partir deste mundo.