Parábola do Bom Pastor

Parábola do Bom Pastor
(Jo 10:1-18)

Entre as características do estilo peculiar de João, está a repetição de palavra ou frase que serve para sublinhar o pensamento que ele procura comunicar. Dupla menção significa ênfase divina. Duas vezes, no mesmo versículo, João registra Jesus dizer: "Eu sou o Bom Pastor; o Bom Pastor dá sua vida pelas ovelhas" (Jo 10:11). As mentes dos homens foram preparadas para a concepção de Cristo como pastor. Ele foi mencionado como o pastor (SI 23; Is 40:11; Ez 34:11-16,23; 37:24). Os primeiros a receber o anúncio de seu maravilhoso nascimento foram os humildes pastores, para significar que aquele que nasceu na manjedou-ra alimentaria o seu rebanho como um pastor.

Como o Bom Pastor, ele morreu pelos pecadores da terra que, como ovelhas, tinham se desviado (Jo 10:10, 15). Como o Grande Pastor, ele ressuscitou, e subiu ao alto, para inter-ceder por suas ovelhas (Hb 13:20). Como o Supremo Pastor, ele voltará para recompensar os seus subpastores que foram fiéis em seu cuidado com o rebanho (lPe 2:25).

Bom, como foi usado aqui, não significa apenas possuir bondade ou, no sentido físico, o que está em sua própria excelência natural; mas o que, moralmente, é belo, nobre e verdadeiro. Como usado por Cristo, o vocábulo implica que a perfeição de todos os atributos pertence a ele.

Nele a perfeição imerge e dele ela emerge. Como expressa Ellicott: "Ele é o pastor idealmente bom, que preenche toda idéia de governo, sustento, auto-sacrifício que já se reuniu em torno do nome do pastor. Nenhuma imagem de Cristo impressionou tão profundamente a mente da Igreja como essa [...] O cajado pastoral é o emblema adequado do trabalho do bispo, e o pastor é o nome pelo qual o submisso rebanho na beira da estrada pensa sobre ele que, em nome de Cristo, é apontado para seu guia" (Ef 4:11).

Passar da figura de Cristo como a Porta permite-nos descobrir tudo o que ele é como Pastor que veio para "reunir em um só corpo os filhos de Deus que andavam dispersos" (Jo 11:52), e morrer pelos que não eram de seu rebanho. Tem-se afirmado que "o pastor era sempre o símbolo do rei". Homero disse uma vez: "Todos os reis são pastores de seu povo". Como seria diferente o nosso mundo se todos os soberanos e governadores fossem verdadeiros pastores do povo que governam! Quando pensamos nos reis e profetas de Israel, é interessante enumerar quantos começaram como pastores.

Jesus não misturava suas metáforas quando exortava seus discípulos a serem corajosos: "Não temas, pequeno rebanho; pois a vosso Pai agradou dar-vos o reino". Rebanho, Pai, reino, essas três figuras de linguagem fundem-se para constituir a realeza ideal admitida no Oriente. O Rei ideal era o Pastor de seu rebanho, o Pai de sua família e a autoridade governante sobre sua nação. Quando Jesus, com augusta majestade e dignidade clamou: "Eu sou o bom Pastor", todas as implicações sobre esse termo foram consolidadas nele. Como "pastor e bispo das nossas almas" (lPe 2:25), Jesus assumiu essa missão antes de tudo:

Por designação do Pai. Ele conhecia seu Filho amado como o Pastor, em contraste com os que eram simplesmente mercenários. Deus não falou dele como "o meu pastor e o homem que é o meu companheiro"? (Zc 13:78). Quando Jesus veio em carne, enfatizou o fato de que fora enviado pelo Pai e era seu mediador autorizado, cujas funções, missão e poder foram recebidas de seu Pai.

Por sua voluntária escolha. Mesmo que enviado pelo Pai, o Filho não veio involuntariamente. Satisfeito com a vontade de Deus, Jesus conformou-se sinceramente com tudo o que estava envolvido. O Pai e o Filho eram um em seu amor pelo mundo perdido, e Jesus voluntariamente veio buscar e salvar a ovelha perdida. Como vemos, sua morte e ressurreição, por meio das quais as almas sucumbidas e autodestruídas podem ser resgatadas, eram de sua própria escolha e ação (Jo 10:15,17). Vamos agora identificar a bendita relação que existe entre o Bom Pastor e suas ovelhas.

Ele possui as ovelhas. Jesus usou o pronome pessoal possessivo quan-do falava sobre as ovelhas. "Suas próprias ovelhas" (v. 4), "minhas ovelhas" (v. 14), "tenho outras ovelhas" (v. 16). Em virtude da criação e redenção, todas as almas pertencem a ele através da entrega do coração e da vida ao seu clamor. Os que entram por ele, a Porta, podem dizer com Davi:"O Senhor é meu pastor" (SI 23:1), e sobre eles diz o Pastor: "conheço as minhas ovelhas" (Jo 10:14). Os pastores das montanhas e seus cães treinados reconhecem uma única ovelha entre muitas outras, e elas são treinadas ex-clusivamente, para saberem o seu nome e reconhecerem a voz de seu pastor. Se você é propriedade do Pastor divino, então ele sabe o seu nome e endereço e está pronto a satisfazer suas necessidades quando elas surgirem.

Ele conhece as ovelhas. Jesus disse que esse conhecimento é mútuo: "Eu conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem" (Jo 10:14,27). Por três vezes ele referiu-se a si mesmo como o "Bom Pastor"; duas em conexão com sua morte pelas ovelhas (Jo 10:11), e aqui onde repete a designação para expressar a íntima união e comunhão entre o pastor e as ovelhas. Conhecidos por ele e conhecedores dele implica mais do que conhecer sua voz. Significa que somos participantes de sua natureza. Somos um com ele, da mesma maneira que ele pôde dizer: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10:15,30). Somos completamente conhecidos por ele. Possuidores da marca da divina possessão, os seus são conhecidos pelo Senhor.

Um pastor oriental conhecia todas as particularidades de cada uma de suas ovelhas —história, defeitos, temperamento e gostos — algumas dessas qualidades eram personificadas pelo nome que ele dava a cada uma delas. O Pai conhecia tudo sobre aquele que viveu em perfeita união com ele. "O Pai me conhece, e eu conheço o PAI". Existia um perfeito entendimento entre o Pai e o Filho. Da mesma forma o Pastor tem compreensivo e perfeito conhecimento de cada uma de suas ovelhas. Nada há oculto para ele. "Não há uma palavra em nossa língua que esteja em oculto, pois Tu, ó Senhor, as conheces todas". Godet observa: "A palavra conhecer não significa distingui-los do restante dos judeus. A importância dessa palavra é muito mais profunda, e o sentido distinguir não é apropriado nas três declarações seguintes. Jesus penetra com os olhos do seu amoroso conhecimento o genuíno ser interior de cada ovelha e discerne perfeitamente todas as que ele possui. Pois existe uma íntima comunhão entre o verbo 'conheço' e o possessivo 'minhas' ovelhas. Esse conhecimento é recíproco. Os crentes também conhecem como é o seu pastor, tudo o que ele sente e tudo o que deseja fazer por eles. Dessa íntima comunhão entre ele e suas ovelhas, Jesus volta-se àquele que era o modelo e inspiração: sua comunhão com Deus".

Ele conduz o rebanho. Para nós, ocidentais, o pastor segue atrás das ovelhas, mas os pastores orientais vão na frente de suas ovelhas. "Ele vai adiante delas, e elas o seguem, porque conhecem a sua voz" (Jo 10:4). "O Senhor é meu Pastor [...] ele guia-me" (Sl 23:1,2). Dificilmente as ovelhas acham seguramente o seu caminho. Outros animais conseguem, mas as ovelhas desviam-se, e a sua orientação e segurança são asseguradas pelo seguir o pastor cuja voz é conhecida e fundamental para elas. "Ouvem a sua voz" expressa "o conhecimento familiar que o pequeno rebanho tem da voz de seu pastor que o guia dia a dia".

Estranhos, ladrões e assaltantes podem chamar as ovelhas pelo nome e tentar imitar a voz de seu pastor, mas, pelo longo costume e intimidade, elas conseguem discernir uma voz estranha e ficam então receosas. Se procurarmos viver em total harmonia com a vontade de nosso Pastor celestial, estaremos sob a sua inequívoca liderança e direção, pois ele sempre conduz suas ovelhas "pelas veredas da justiça, por amor de seu nome" (Sl 23:3). E, treinados pelo Espírito a conhecer a voz do Pastor, quando ele fala conosco por meio de sua Palavra, discernimos imediata-mente e evitamos a voz estranha, mesmo que seja a da religião. Os escribas e fariseus eram imitadores de pastores, e sua voz confundiu e desencaminhou as ovelhas. Por não terem os falsos líderes compreendido a parábola que Jesus proferiu, ele reiterou o seu significado (Jo 10:6,7). A palavra "parábola" é usada aqui em seu amplo sentido, e inclui toda espécie de ilustração figurada ou proverbial e toda espécie de linguagem. Já destacamos a omissão de parábolas em João, como as encontradas nos outros evangelhos.

Ele dá a vida pelas ovelhas. Por duas vezes temos a frase "dou a minha vida pelas ovelhas" (Jo 10:15,17); e duas vezes a expressão "eu a dou" (Jo 10:18), e por duas vezes a assertiva: "Tenho poder para tornar a tomá-la" (10:17,18). Por sua própria vontade, o Bom Pastor deu-se a si mesmo para morrer. Sua vida não lhe foi tirada pelos algozes romanos, mas, sim, voluntariamente doada. Sua morte foi absolutamente por autodeterminação e voluntariedade. No último instante, ele rendeu o seu espírito (Lc 23:46). Ele deu a sua vida pelas ovelhas (Jo 10:11). No Calvário, a espada ergueu-se contra o Pastor, mas não contra a sua vontade soberana (Zc 13:7). Vicent, em seu Word studies [Estudo das palavras], diz que "A expressão 'dado a sua vida' é peculiar a João, pois ocorre apenas em seu evangelho e em sua primeira epístola, e pode ser explicada de duas maneiras:

1. Colocado como sinal ou pagando um preço, de acordo com o uso clássico do verbo dar;

2. Pôr de lado a sua vida como uma veste. "Ele tirou a vestimenta" (13:4). Esse último parece preferível. Quando ele clamou 'está consumado', pôs de lado sua vida terrestre como uma vestimenta que ele vestira voluntariamente em Belém".

Então Jesus morreu e ressuscitou por sua própria vontade. Ele deu a sua vida como resgate pelos pecadores e triunfou sobre a morte, a favor deles. Ainda que "minhas ovelhas" aplica-se apenas aos crentes, todavia a sua morte foi uma "propiciação, não apenas pelos nossos pecados, mas pelos pecados do mundo inteiro" (Uo 2:2). Não existe contradição entre "o Espírito que ressuscitou a Jesus dentre os mortos" (Rm 8:11) e a expressão "tenho poder para retomá-la". Godet diz: "Se é no Pai que subsiste o poder que deu vida a Jesus, é ele mesmo que por sua própria vontade e petição convoca-se a manifestar esse poder [...] Deus não impôs a Jesus nem a mor-te nem a ressurreição". Jesus não era obrigado a morrer. Por nunca haver pecado, a morte não tinha domínio sobre ele. Ademais, quando foi conduzido à morte, poderia chamar doze legiões de anjos para salvá-lo dos que o crucificavam, mas a glória do evangelho, é que Cristo, por sua própria vontade, morreu pelos pecadores.

Ele dá vida e satisfação às suas ovelhas. Por conceder sua vida pelas ovelhas, ele está pronto para dar vida, e vida abundante, a todas elas. Em virtude do sacrifício de sua vida, ele pode dar a vida eterna a todo o que nele crer. "Eu lhes dou (às minhas ovelhas) a vida eterna" (Jo 10:28). Quando passamos por ele como a Porta, estamos salvos e abençoados, com suprema e infalível satisfação. Temos perdão e pastagens porque o Pastor não apenas salva, mas satisfaz a alma. Ele também prove eterna segurança para os seus. Ávida que ele dá não pode ser "eterna", se a recebemos em um dia e a perdemos em outro. Jesus declarou que ninguém poderia tirar as ovelhas de sua poderosa mão, nem da mão do seu Pai. Então, estamos duplamente seguros. Fomos reunidos, arrebanhados, preservados aqui e seremos glorificados no porvir. Ele nos chamou ao seu reino eterno e de glória. E sua vontade que contemplemos sua glória (Jo 17:24).

Ele protege suas ovelhas. Mercenários ou trabalhadores ambulantes, que ajudavam a garantir a segurança das ovelhas, não se interessavam cordialmente por elas; e se o perigo ameaçava o rebanho, eles fugiam e deixavam as ovelhas entregues aos ladrões, assaltantes e lobos. O duplo motivo, que os levava a não ter algum cuidado com as ovelhas, era: não são pastores e as ovelhas não lhes pertencem. Ainda que os mercenários não sejam tão destrutivos quanto os ladrões e assaltantes, contudo, por abandonarem as ovelhas frente ao perigo, ajudavam a saquear ou a matar os animais indefesos. Os fariseus que ouviram de nosso Senhor a descrição dos covardes guardiães de ovelhas, provavelmente ficaram com a consciência perturbada. Instintivamente, eles sentiam que mercenários retratava apropriadamente o amor deles ao dinheiro, bem-estar e posição, e sua falta de profundo interesse pela prosperidade espiritual daqueles que estavam sob os seus cuidados. Não é de admirar que pegassem pedras para matar Jesus (Jo 10:31) depois de ouvirem a comparação a ladrões, assaltantes e mercenários (Ez 34:2). Os ministros religiosos cujo coração é destituído da graça divina, ostentam-se como o caminho da salvação e a porta para o céu, ou negam os gloriosos fundamentos da fé cristã, estão nessa mesma tríplice categoria.

Quem ou o que entendemos ser o lobo que ataca e dispersa as ovelhas? Ladrões, assaltantes e mercenários são inimigos humanos das ovelhas, mas o lobo é animal (inimigo natural que destrói o rebanho). A palavra que Jesus usou para o verdadeiro pastor, que espanta o lobo que se aproxima, é um tanto gráfica. Implica "fixa contemplação com o fascínio do terror pela aproximação do lobo". Comentaristas divergem quanto ao significado típico do lobo. Aqui estão algumas interpretações: O lobo é a pessoa que personifica a hostilidade ao reino de Deus, o diabo, e age por meio de todos os adversários da Igreja (Jesus identificou completamente o farisaísmo com o princípio diabólico: Jo 8); o lobo era o grande poder romano; a figura do lobo pode aplicar-se a todos os poderes antimessiânicos, até mesmo o farisaísmo; o lobo representa os futuros mercenários no meio da Igreja cristã. Godet interpreta concisamente: "O lobo representa o princípio positivamente hostil ao reino de Deus e do Messias — os fariseus e os mercenários, os legítimos, pois julgavam-se funcionários remunerados que, por sua condição, foram chamados a cumprir a tarefa a qual Jesus realizou por autodevoção voluntária. Os sacerdotes e levitas achavam-se doutores da lei". Todos os inimigos espirituais que tentam destruir a Igreja de Cristo são lobos. Jesus referiu-se aos "falsos profetas" como "lobos devoradores" (Mt 7:15). Ele enviou os doze "como ovelhas no meio de lobos" (Mt 10:16), e os setenta eram como "cordeiros no meio de lobos" (Lc 10:3). Paulo profetizou que lobos tentariam destruir o rebanho de Deus (At 20:29). Todos esses lobos estão relacionados com o lobo, o diabo, que espera para arrebatar e devorar as ovelhas.

Mas contra o lobo feroz está o fiel e Todo-Poderoso Pastor, que protege suas ovelhas. Durante todo seu ministério Jesus esteve em conflito com o lobo satânico que tentava ferir e matá-lo. No Calvário ele pelejou com o lobo, e ainda que tenha sido ferido, moído pelo combate, e finalmente morto, não foi destruído pelo lobo. Esse horrível combate terminou em vitória, pois "morrendo, ele destruiu a morte". Sua concepção do bom pastoreio significa matar o lobo e ressuscitar, para fazer de suas ovelhas participantes de sua vida invencível. Agora a segurança do crente é inviolável, pois, com a cruz atrás de si, sabe que nenhum inimigo pode destruí-lo. Ninguém pode tirá-lo da mão do poderoso Vencedor. Sua preservação está garantida. Nunca perecerá. Uma vez que a vida, a qual o Pastor oferece, vem ao devedor, o coração do crente deve permanecer inabalável.

Ele deseja um rebanho. Nossa última palavra é sobre o abrangente propósito e paixão do divino Pastor, revelados em sua expressão "ainda tenho outras ovelhas que não são desse aprisco. a mim me convém agregá-las também. Elas também ouvirão minha voz, e haverá um rebanho e um pastor" (Jo 10:16; Ez 37:22). O vocábulo aprisco nesse texto é diferente daquele usado no começo da parábola —aprisco de ovelhas. Lá significa um objeto inanimado, um recinto cercado, onde as ovelhas repousam. Aqui, no versículo diante de nós, a palavra é rebanho, não "aprisco" (Mt 26:31; Lc 2:8; ICo 9:7).

Um pastor com muitas ovelhas pode possuir muitos apriscos para elas, mas são todas as suas ovelhas, um só rebanho. Essa "unidade não é criada pelo aprisco, mas pela natureza das ovelhas e seu relacionamento com o pastor". No próximo capítulo temos o pronunciamento de Caifás quando afirma que alguém deveria morrer pela nação judaica. "Ele profetizou que Jesus morreria pela nação; e não pela nação apenas, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus que andavam dispersos". Os judeus formavam um e os gentios outro aprisco. Jesus morreu para ajuntá-los em um só rebanho. Os gentios não seriam incorporados dentro do antigo aprisco judaico, mas, regenerados, judeus e gentios tornar-se-iam uma unidade que consiste na perfeita comunhão com o Salvador. A grande consumação de sua obra redentora é que multidões, salvas pela graça, reunidas de todas as gerações e nações, povos e línguas, formarão seu rebanho, sua Igreja, com direito a pastagens na atualidade e na eternidade. Para o presente: "O Senhor é meu pastor, nada me faltará." Para o futuro, quando seu rebanho chegar ao aprisco celestial: "O Cordeiro que está no meio do trono, os apascentará" (SI 23:1; Ap 7:17). A igreja visível sobre a face da terra pode consistir de muitos apriscos congregacionais, mas todos os que são um em Cristo Jesus formam um só rebanho. A unidade viva, com o Bom e Grande Pastor, faz de suas ovelhas um vasto rebanho.

Se somos suas ovelhas, no aguardo das pastagens eternas de verde imarcescível e águas de tranqüilo repouso no aprisco celestial, devemos cultivar ambas as marcas, a do ouvido e do pé:

Minhas ovelhas ouvem minha voz. Minhas ovelhas me seguem."

Cercados como estamos por ladrões, assaltantes e lobos, tenhamos a graça de ouvir, seguir e obedecer ao Pastor enquanto ele nos guia pelo caminho.


Fonte: Todas as Parábolas da Bíblia de Herbert Lockyer, São Paulo, Editora Vida, 2006.