João 18:1-40 — Interpretação
Ver notas em Mt 26.36-56; Mc 14.32-52; Lc 22.39-53. Chega ao seu auge o ódio dos judeus. Jesus atravessa o ribeiro Cedrom (1). Durante a maior parte do ano, o leito fica sem água. João omite a narração da oração de Jesus na agonia (cfr. Mt 26.36 e segs.; Mc 14.32 e segs.; Lc 22.39 e segs.). Judas dirige uma escolta com tochas e armas (3). A referência a lanternas, tochas e armas (3) é evidência de uma testemunha ocular. O evangelista menciona que Jesus se entregou voluntariamente (4). Jesus revela Sua identidade nas palavras Sou eu (5). Os soldados e Judas ficam, temporariamente, transtornados pela declaração majestosa e caem por terra. Jesus então repete: A quem buscais? (7) e recebe dos soldados a mesma resposta. Estes podem prendê-lo, porém não aos discípulos (8) que conseguem fugir em cumprimento das Escrituras (9). Jesus repreende o ato impulsivo de Pedro quando fere o servo do sumo-sacerdote. Logo rende-se, dizendo: Não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu? (11).
Ver notas em Mt 26.57-27.2; Mc 14.53-15.1; Lc 22.54-71. Jesus é levado preso à presença de Anás, sogro de Caifás. Anás tinha sido deposto do munus de Sumo Sacerdote por Valerius Gratus, procurador romano antes de Pilatos, mas ainda exercia sua influência sorrateiramente. Simão Pedro e outro discípulo conhecido do sumo sacerdote, provavelmente João, O seguem. A narrativa deste exame perante Anás não aparece nos sinóticos. Provavelmente teve lugar na residência de Anás. João relata um interrogatório perante Anás à noite e outro perante Caifás pela manhã. Entrementes, João consegue entrar no pátio (15) e faz com que Pedro o acompanhe. Interrogado, Pedro nega, três vezes, ser discípulo de Jesus (15,25,27). Jesus, examinado quanto às Suas doutrinas, afirma serem conhecidas por todos, dizendo: Pergunta aos que ouviram (21). Jesus é mal tratado por ter respondido a Anás, ex-sumo sacerdote, de uma maneira julgada insolente pelos guardas. Teria sido perfeitamente natural usar ainda o título de sumo sacerdote com referência a Anás (22). A réplica de Jesus é irrefutável (23). Dali, Jesus é enviado a Caifás. Pedro bem podia ter testificado quanto aos ensinos de Jesus, mas em vez disto, nega o seu Mestre (25-27).
Ver notas em Mt 27.2-31; Mc 15.1-20; Lc 23.1-25. Após o Seu julgamento pelo sinédrio, na casa de Caifás, Jesus é levado ao pretório, na residência do governador. Os judeus permanecem do lado de fora, para não serem contaminados cerimonialmente antes de se celebrar a páscoa. Pilatos inquire da acusação levantada contra Jesus (29). Os judeus tentam evitar uma resposta. Desejam que o governador confirme a sua decisão, mas Pilatos prefere deixar a responsabilidade com eles, tendo em vista a falta de uma acusação específica. Os judeus queriam apedrejar Jesus, se tivessem oportunidade, mas não podiam fazê-lo legalmente (31). O fato de outras vítimas terem sido assassinadas pela população judaica não altera a lei. Às vezes, as autoridades romanas fechavam os olhos a tais crimes. Pilatos então interroga Jesus das acusações feitas contra Ele, dizendo: És tu o rei dos judeus? (33). Em resposta, Jesus lhe pergunta se as palavras representam o reconhecimento pessoal das Suas reivindicações como Rei, ou se ele está citando outros (34). Pilatos replica com desdém e com isto Jesus lhe anuncia o caráter do Seu reino (36). Não é deste mundo, nem é estabelecido por poderes naturais, sendo um reino espiritual cujo alicerce é a verdade. Note-se que Jesus, falando com o sumo sacerdote, se expressa nos termos escatológicos dos judeus, e falando com Pilatos, apela para a verdade. Pilatos despede Jesus com galhofa (38).
Pilatos, saindo do pretório, dirige-se aos judeus e declara-se convencido da inocência de Jesus (38). Acomodando-se com a situação, sugere que Jesus seja solto e Barrabás guardado preso. Os judeus com gritos pedem que Barrabás seja solto (40). Pilatos procura salvar Jesus da pena de morte e, ao mesmo tempo, aplacar a fúria dos judeus, propondo uma pena mais leve. Falta-lhe a coragem de pôr Jesus em liberdade.
Ver notas em Mt 26.57-27.2; Mc 14.53-15.1; Lc 22.54-71. Jesus é levado preso à presença de Anás, sogro de Caifás. Anás tinha sido deposto do munus de Sumo Sacerdote por Valerius Gratus, procurador romano antes de Pilatos, mas ainda exercia sua influência sorrateiramente. Simão Pedro e outro discípulo conhecido do sumo sacerdote, provavelmente João, O seguem. A narrativa deste exame perante Anás não aparece nos sinóticos. Provavelmente teve lugar na residência de Anás. João relata um interrogatório perante Anás à noite e outro perante Caifás pela manhã. Entrementes, João consegue entrar no pátio (15) e faz com que Pedro o acompanhe. Interrogado, Pedro nega, três vezes, ser discípulo de Jesus (15,25,27). Jesus, examinado quanto às Suas doutrinas, afirma serem conhecidas por todos, dizendo: Pergunta aos que ouviram (21). Jesus é mal tratado por ter respondido a Anás, ex-sumo sacerdote, de uma maneira julgada insolente pelos guardas. Teria sido perfeitamente natural usar ainda o título de sumo sacerdote com referência a Anás (22). A réplica de Jesus é irrefutável (23). Dali, Jesus é enviado a Caifás. Pedro bem podia ter testificado quanto aos ensinos de Jesus, mas em vez disto, nega o seu Mestre (25-27).
Ver notas em Mt 27.2-31; Mc 15.1-20; Lc 23.1-25. Após o Seu julgamento pelo sinédrio, na casa de Caifás, Jesus é levado ao pretório, na residência do governador. Os judeus permanecem do lado de fora, para não serem contaminados cerimonialmente antes de se celebrar a páscoa. Pilatos inquire da acusação levantada contra Jesus (29). Os judeus tentam evitar uma resposta. Desejam que o governador confirme a sua decisão, mas Pilatos prefere deixar a responsabilidade com eles, tendo em vista a falta de uma acusação específica. Os judeus queriam apedrejar Jesus, se tivessem oportunidade, mas não podiam fazê-lo legalmente (31). O fato de outras vítimas terem sido assassinadas pela população judaica não altera a lei. Às vezes, as autoridades romanas fechavam os olhos a tais crimes. Pilatos então interroga Jesus das acusações feitas contra Ele, dizendo: És tu o rei dos judeus? (33). Em resposta, Jesus lhe pergunta se as palavras representam o reconhecimento pessoal das Suas reivindicações como Rei, ou se ele está citando outros (34). Pilatos replica com desdém e com isto Jesus lhe anuncia o caráter do Seu reino (36). Não é deste mundo, nem é estabelecido por poderes naturais, sendo um reino espiritual cujo alicerce é a verdade. Note-se que Jesus, falando com o sumo sacerdote, se expressa nos termos escatológicos dos judeus, e falando com Pilatos, apela para a verdade. Pilatos despede Jesus com galhofa (38).
Pilatos, saindo do pretório, dirige-se aos judeus e declara-se convencido da inocência de Jesus (38). Acomodando-se com a situação, sugere que Jesus seja solto e Barrabás guardado preso. Os judeus com gritos pedem que Barrabás seja solto (40). Pilatos procura salvar Jesus da pena de morte e, ao mesmo tempo, aplacar a fúria dos judeus, propondo uma pena mais leve. Falta-lhe a coragem de pôr Jesus em liberdade.