João 17:1-28 — Interpretação
Este capítulo encerra a oração que Jesus oferece ao Pai na véspera da crucificação e na presença dos discípulos. Foi pronunciada, ou no Cenáculo, ou no pátio embaixo ou possivelmente na área do templo. As idéias principais da oração originam-se nos ensinos dos capítulos 14-16.
A oração de Jesus revela que entende que já chegou a hora antecipada em Jo 2.4 e Jo 7.6 e mencionada como próxima em Jo 12.23. É a hora da Sua glorificação mediante a morte. Glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique (1). Nesta súplica, Jesus deseja alcançar a glória do Pai e do Filho, pelo ato de cumprir a redenção, que vem assegurar a salvação do homem. Define-se a vida eterna, agora uma possibilidade real mercê desta glorificação mútua, como o conhecer a Deus, mediante Seu Filho, Jesus Cristo (3). E em seguida, Jesus pede em oração aquele estado de exaltação gloriosa de que desfrutava com o Pai antes da sua vida terrestre (5). Note-se aqui a evidência da pré-existência do Filho. Ver o vers. 24. Ele consumou perfeitamente a obra que Lhe fora confiada (4-6). Jesus identifica a consumação desta obra com a manifestação do nome de Deus aos discípulos: Manifestei o teu nome (6). Sua missão está limitada àqueles que o Pai Lhe deu. Da sua parte, os discípulos reconhecem que Seu ensino é divino em origem e que Sua missão provém do Pai.
A unidade e reciprocidade de conhecimento entre o Pai e o Filho são os princípios em que Jesus baseia sua oração em favor dos discípulos, para que saibam que pertencem a Deus (10). Jesus é glorificado pela fé deles. Entretanto, Ele deve voltar para junto do Pai, enquanto eles hão de continuar no mundo. Implora que sejam guardados de todo mal (11-15) e que a unidade existente entre eles reflita aquela que existe entre o Pai e o Filho. Notem-se as variações no vers. 11. "Guarda em teu nome aqueles que me deste" (ARC); "guarda-os em teu nome, que me deste" (ARA). A primeira concorda com Jo 6.37 e Jo 17.24. Em todo caso, Ele pede a fidelidade dos seus discípulos. Todos lhe foram fiéis, exceto Judas, o filho da perdição (12). O termo pode ser um hebraísmo que indica o fato de que Judas está destinado à perdição por causa da sua ação pecaminosa. A doutrina de predestinação para julgamento não está implicada no caso. Em seguida, Jesus pede que os discípulos possam participar do gozo da Sua missão cumprida (13). Deu-lhes a Sua palavra e na aceitação daquela palavra os discípulos incorreram na hostilidade do mundo (14). Não pede que sejam tirados do mundo, pois isto seria um obstáculo aos propósitos divinos. Pede que sejam guardados do mal que há no mundo. Algumas variantes dizem "guardados do maligno". Cfr. Jo 13.2-27. Com isso, O Senhor Jesus consagra, solenemente, os discípulos à missão, e pede que o Pai celestial "possa santificá-los àquela vida de fidelidade absoluta à verdade, encarnada em Sua própria pessoa" (C. J. Wright). Os discípulos deviam permanecer no mundo, a fim de cumprir a missão do Pai (18). Logo em seguida, Jesus se santifica àquela morte de sacrifício que o espera. Suas palavras de consagração tornam Sua morte eficaz. Por essa mesma morte seria conseguida a consagração também daqueles por quem Ele ia morrer.
Nesta oração, o pedido de Jesus abrange todos aqueles que futuramente seriam discípulos, em resultado das lidas apostólicas (20). Implora a sua unidade, que há de refletir a do Pai e do Filho (21). Uma unidade, espiritualmente orgânica, convencerá o mundo da sua missão. Essa unidade se conseguirá na medida em que assimilam a glória do Filho. E a manifestação ao crente do amor do Pai para com o Filho que unirá todos numa unidade perfeita. A máxima bem-aventurança é estar com Ele, contemplando Sua inefável glória, já Sua, desde toda eternidade. "Jesus pede que a ecclesia militans se torne a ecclesia glorificata" (Hoskyns). O mundo não conhece o Pai (25); entretanto, Jesus O revela aos discípulos, e na Sua última petição roga que possam participar daquele mesmo amor que o Pai tem para com o Filho (26).
A oração de Jesus revela que entende que já chegou a hora antecipada em Jo 2.4 e Jo 7.6 e mencionada como próxima em Jo 12.23. É a hora da Sua glorificação mediante a morte. Glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique (1). Nesta súplica, Jesus deseja alcançar a glória do Pai e do Filho, pelo ato de cumprir a redenção, que vem assegurar a salvação do homem. Define-se a vida eterna, agora uma possibilidade real mercê desta glorificação mútua, como o conhecer a Deus, mediante Seu Filho, Jesus Cristo (3). E em seguida, Jesus pede em oração aquele estado de exaltação gloriosa de que desfrutava com o Pai antes da sua vida terrestre (5). Note-se aqui a evidência da pré-existência do Filho. Ver o vers. 24. Ele consumou perfeitamente a obra que Lhe fora confiada (4-6). Jesus identifica a consumação desta obra com a manifestação do nome de Deus aos discípulos: Manifestei o teu nome (6). Sua missão está limitada àqueles que o Pai Lhe deu. Da sua parte, os discípulos reconhecem que Seu ensino é divino em origem e que Sua missão provém do Pai.
A unidade e reciprocidade de conhecimento entre o Pai e o Filho são os princípios em que Jesus baseia sua oração em favor dos discípulos, para que saibam que pertencem a Deus (10). Jesus é glorificado pela fé deles. Entretanto, Ele deve voltar para junto do Pai, enquanto eles hão de continuar no mundo. Implora que sejam guardados de todo mal (11-15) e que a unidade existente entre eles reflita aquela que existe entre o Pai e o Filho. Notem-se as variações no vers. 11. "Guarda em teu nome aqueles que me deste" (ARC); "guarda-os em teu nome, que me deste" (ARA). A primeira concorda com Jo 6.37 e Jo 17.24. Em todo caso, Ele pede a fidelidade dos seus discípulos. Todos lhe foram fiéis, exceto Judas, o filho da perdição (12). O termo pode ser um hebraísmo que indica o fato de que Judas está destinado à perdição por causa da sua ação pecaminosa. A doutrina de predestinação para julgamento não está implicada no caso. Em seguida, Jesus pede que os discípulos possam participar do gozo da Sua missão cumprida (13). Deu-lhes a Sua palavra e na aceitação daquela palavra os discípulos incorreram na hostilidade do mundo (14). Não pede que sejam tirados do mundo, pois isto seria um obstáculo aos propósitos divinos. Pede que sejam guardados do mal que há no mundo. Algumas variantes dizem "guardados do maligno". Cfr. Jo 13.2-27. Com isso, O Senhor Jesus consagra, solenemente, os discípulos à missão, e pede que o Pai celestial "possa santificá-los àquela vida de fidelidade absoluta à verdade, encarnada em Sua própria pessoa" (C. J. Wright). Os discípulos deviam permanecer no mundo, a fim de cumprir a missão do Pai (18). Logo em seguida, Jesus se santifica àquela morte de sacrifício que o espera. Suas palavras de consagração tornam Sua morte eficaz. Por essa mesma morte seria conseguida a consagração também daqueles por quem Ele ia morrer.
Nesta oração, o pedido de Jesus abrange todos aqueles que futuramente seriam discípulos, em resultado das lidas apostólicas (20). Implora a sua unidade, que há de refletir a do Pai e do Filho (21). Uma unidade, espiritualmente orgânica, convencerá o mundo da sua missão. Essa unidade se conseguirá na medida em que assimilam a glória do Filho. E a manifestação ao crente do amor do Pai para com o Filho que unirá todos numa unidade perfeita. A máxima bem-aventurança é estar com Ele, contemplando Sua inefável glória, já Sua, desde toda eternidade. "Jesus pede que a ecclesia militans se torne a ecclesia glorificata" (Hoskyns). O mundo não conhece o Pai (25); entretanto, Jesus O revela aos discípulos, e na Sua última petição roga que possam participar daquele mesmo amor que o Pai tem para com o Filho (26).